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Delegada diz que mais mulheres denunciaram Marquinhos Trad por assédio

O escândalo de repercussão nacional saiu na Globo News, noticiando que Marquinhos Trad está sendo alvo de investigação por suspeita de assédio sexual, importunação sexual, favorecimento à prostituição, e ainda estupro e tentativa de estupro. O número de denúncias supostamente cometidos pelo ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad passou de 20.

Em coletiva, a delegada Maíra Pacheco, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que comanda as investigações de crimes de assédio sexual supostamente cometidos pelo pré-candidato a governador, Marquinhos Trad, disse que mais mulheres procuraram a polícia para denunciar o ex-prefeito de Campo Grande. Conforme a delegada, após a divulgação dos casos na imprensa, mais vítimas procuraram a delegacia, já que estão se sentindo mais seguras.

Negou depois admitiu

Quando surgiram as primeiras denúncias, Marquinhos negou tudo e disse estar sendo vítima de ataques. Mas após aparecerem prints de whatsapp como provas, Marquinhos admitiu: “Eu posso ter, sim, cometido adultério e saído com a menina. Mas de forma consensual. Já disse para a minha esposa”. E pouco tempo depois com a chegada de novas denúncias e mais provas, a imprensa estadual confrontou e Trad admitiu que cometeu adultério com duas das denunciantes enquanto estava na Prefeitura de Campo Grande.

Em um caso, uma das vítimas teria procurado a Delegacia da Mulher, onde funcionários da prefeitura compareceram e entraram em um acordo financeiro com a mulher, que não prosseguiu com a denúncia.

Em 2018, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul já havia recebido uma denúncia de assédio contra o então prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). Na época, a vítima do suposto ataque sexual foi uma estudante que atuava como mirim, então com 17 anos.

No entanto, a jovem diz que não prosseguiu com a denúncia para ‘evitar perseguições’. Meses depois ela acabou nomeada sem concurso público na Prefeitura. O pré-candidato a governador foi denunciado neste mês por outras mulheres, também por assédio sexual. Embora admita adultério com duas das denunciantes, Marquinhos nega os crimes sexuais e afirma que as novas denúncias seriam uma ‘armação eleitoral’.

Lacerda foi atrás da vítima, que acabou nomeada no gabinete dele

A denúncia foi feita na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em fevereiro de 2018, um dia após a adolescente relatar o fato à mãe. Ela teria sido beijada pelo então prefeito com um selinho, após ele pedir a ela um beijo na bochecha e ele ter virado.

A vítima estava em casa quando policiais civis chegaram, relatando terem recebido a denúncia anônima. Naquele dia, teve início apuração do caso de suposto assédio sexual, com aumento de pena se a vítima é menor de 18 anos.

Segundo os registros policiais aos quais a reportagem do CidadedasVogais teve acesso, no momento em que o boletim de ocorrência era elaborado, o então secretário de Governo de Marquinhos na Prefeitura, Antônio Cézar Lacerda Alves, atual presidente municipal do PSD, teria ido até a delegacia, supostamente para tentar coagir a vítima.

Um investigador o retirou do local. Mesmo assim, no depoimento feito pela mãe da jovem, ela afirmou que não queria prosseguir com a denúncia, para não ser perturbada ou perseguida pelo prefeito e seus assessores.

Ainda em fevereiro de 2018, o inquérito foi remetido ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A princípio, não houve denúncia sobre o caso.

Meses depois, já em setembro de 2018, a jovem foi nomeada para um cargo comissionado, em decreto assinado por Marquinhos Trad.

Em 2019, a vítima foi remanejada, justamente para o gabinete de Lacerda, que teria ido até a Depca ao saber que a vítima e sua mãe prestavam queixa.

Nas novas denúncias feitas contra o pré-candidato ao Governo do Estado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), uma das vítimas contou que sabia de outras mulheres que tentaram denunciar Marquinhos Trad.

Segundo outras vítimas que falaram com a reportagem e prestaram depoimento à Polícia Civil, a suspeita é de que o emprego seria uma forma de ‘compensação’ para a jovem por desistir da denúncia por assédio sexual.

Segundo apurou a imprensa estadual, a ex-mirim ainda consta no Portal da Transparência do município com salário de R$ 3.439,77.

 

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